23 março 2012

irreversível

Era irreversível, porém dentes ainda não lhe tinham cravado a pele do peito. Nele, no peito, existe uma marca apenas, cuja importância é diminuta.

Derramou-se líquido por cima das cabeças e pés, benzeram-se, pela sua existência, corpos e mentes por se terem mostrado abertos um ao outro, sem trejeitos ou línguas dobradas, salivas cuspidas ou projectadas. Nem atabalhoadas se tornaram.
O sol aqueceu cabelos, as relvas, as camas e toalhas estendidas. A terra, aquelas ervas e verdes, serviram de meio de brincar. Brincar de correr daqui para ali, brincar de gritar, acusar, rasgar, para conversas diferentes em saltos pelas águas e exalar suspiros satisfeitos, ora todos o sabem... do que o sol é capaz.
Impressões de vida, não falo de fotografias, mas de marcas douradas numa casa de corpos abraçados. Beijados calorosamente por veias ensanguentadas de um azul forte. Daquele que sabemos existir no mar, falo de histórias vividas, ai! por aquelas mercadorias, commumente apelidadas de corpos.